A Casa Militar capacitou 59 policiais militares e bombeiros, que compõem o quadro operacional do órgão, no Atendimento Pré-Hospitalar Tático (APH Tático). Os militares foram divididos em duas turmas durante o treinamento executado na Residência Oficial de Águas Claras.
O APH Tático tem o objetivo de reduzir as mortes evitáveis em situações em que os agentes são feridos em locais que não oferecem segurança aos socorristas. Os integrantes da Casa Militar aprenderam manobras e procedimentos emergenciais aplicáveis em feridos com risco de morte.
Segundo o major Renan Arakaki, instrutor e coordenador do curso, o treinamento visa à proteção dos policiais e bombeiros da Casa Militar em cenários onde haja ameaça à segurança dos agentes ou de autoridades. “São técnicas específicas para garantir que o ferido chegue com vida ao hospital”, explica.
Para a segundo-sargento Raquel Lêda, o treinamento deve ser contínuo. “A gente chega no final do curso com a certeza de que precisa continuar treinando”, reconhece. Ela lembra que o mais importante nesse tipo de atendimento é “deixar o coração pulsar”, tanto metaforicamente quanto no sentido literal.
Um dos instrutores, o terceiro-sargento Ricardo Aquino, frisa que o mais importante no atendimento pré-hospitalar tático é manter o controle emocional. “Aqui (nas oficinas) a gente ensina a controlar os efeitos fisiológicos e a identificar as próprias falhas durante o atendimento”, resume.
E o controle emocional foi exatamente a parte mais difícil para o subtenente Sílvio Branco. “É difícil atuar com um nível elevado de estresse, que é justamente o que pode ocorrer no nosso serviço”, admite.
Os militares do Corpo de Bombeiros já são preparados para o atendimento pré-hospitalar. Mas só atuam em ambientes onde não há risco de segurança para os socorristas.
Essa particularidade do APH Tático foi o que chamou a atenção da primeiro-sargento Priscilla Trevisol. “Atuar sob fogo cruzado em zonas sem segurança é uma novidade para mim”, assume. “No Corpo de Bombeiros, nosso socorro é prestado em áreas sem risco iminente para os militares”.