Com os olhos cheios de lágrimas, o paraense Alex Martins, de 58 anos, acompanhou a cerimônia da Troca da Bandeira, conhecida como Bandeirão, no domingo (20), na Praça dos Três Poderes. “É muito emocionante ver a bandeira subindo ao som do Hino Nacional”, conta. “Me lembrei das aulas de Educação Moral e Cívica”.

 

Pela primeira vez, ele veio com a família assistir à solenidade e prestigiar o genro Fábio Ferreira, aluno-soldado do Curso de Formação de Praças da Polícia Militar, que desfilou junto com seus colegas policiais e bombeiros militares.

 

A mãe do Fábio Ferreira, Maria Angélica, de 79 anos, é figura presente no Bandeirão. “Venho há 50 anos”, revela. “Quando não trago minha família, mando fotos para eles lá no Pará”.

 

Além da família paraense, a manhã ensolarada atraiu uma multidão à Praça dos Três Poderes. O público acompanhou o hasteamento da Bandeira Nacional, ao som do hino brasileiro e às salvas de canhão. Os tiros assustaram a pequena Helena Vilela, de 8 anos, que estava acompanhada do pai e do inseparável coelhinho Pupu. “Levei um susto, mas amei os tiros”, exclamou.

 

Coordenada pela Casa Militar do Distrito Federal, a Troca da Bandeira foi executada pela Polícia Militar e pelo Corpo de Bombeiros. A solenidade é prevista em lei para ocorrer no primeiro domingo de cada mês. No entanto, a deste mês foi transferida para o dia 20 para compor as festividades de celebração do aniversário de 65 anos de Brasília.

 

A bandeira é hasteada em um mastro de 110 metros de altura. A substituição mensal é motivada pelo desgaste causado pelo sol e pelo vento.